Julho 23, 2020
Fernando Zocca
Tem sujeito que pra abocanhar uma tetinha esperta, tipo a prefeitura duma cidade, promete dar o que as pessoas já teriam.
Manja aquela música do Roberto Carlos que diz: “Eu te darei o céu, meu bem e o meu amor também”?
É que para alimentar uma campanha, antes mesmo do seu início formal, o camarada deve prometer qualquer coisa como, por exemplo, o por do sol.
Vai vendo ...
Depois de eleito o sujeito, a gente já sabe o que acontece, né? As estatísticas nos mostram que o erário público torna-se roto, o eleito mais seus comparsas enriquecidos e, feitos pavões barrigudos, exibem, sem cerimônia, pela urbe, as formas e cores da pletora; insensíveis aos clamores populares responderiam com a maior cara de pau:
- Não me peçam emprego; a prefeitura não é minha.
Nessa época os pedinchões, principalmente os que demostram desejar suceder, aplicando as mesmas técnicas e ideias políticas, dos atuais detentores do mando, não hesitariam em pintar com cores berrantes aqueles seus imóveis onde exploraram, por muitos e muitos anos, a ignorância e a pobreza do populacho.
Já viu aquela professora que, abandonando as salas de aula, insiste em aplicar na câmara de vereadores, os procedimentos comuns daquela sua ex-sinecura?
Então o desejo de criar uma escola para vereadores não teria partido da noção de que a maioria dos candidatos e também dos eleitos não sabem nem ao menos fazer o ó com o copo?
Esse fenômeno de transposição de procedimentos, no entanto não seria bem visto se, por exemplo, os professores colegas da digníssima doutora, determinassem que a ex-instituição da edil passasse a legislar para todos os cidadão da cidadezinha.
Quem não faria uso político dos dementes tomados por cacoetes incoercíveis?
E assim, meu amigo, vamos nós: o eleitor não pode esperar mais do que o mesmo do tal neguinho que te promete o por do sol. Licitações dirigidas, superfaturamento de veículos tipo ambulâncias, ou caminhões, aumento dos impostos, tentativa de evasão das garras da polícia federal, obscurantismo no concernente aos conhecimentos científicos.
Por isso, por já “ter visto esse filme” é que não sairei de casa nos dias de eleições.
Não quero ter na consciência que a prefeitura foi roubada e que o candidato que hoje me promete o por do sol, enriqueceu com uma participação minha.