Fevereiro 13, 2019
Fernando Zocca
O que acontece hoje relacionado ao SEMAE (Serviço Municipal de Água e Esgoto) é um fenômeno político/ideológico chamado privatização.
É a saída do estado da administração daquelas atividades consideradas essenciais para a população, entregando-as aos empreendedores.
Então o que ocorre com essa autarquia municipal é o desinteresse administrativo por ela, concretizado na ausência da renovação do pessoal empregado, inibição do aporte das verbas municipais destinadas ao reparo/manutenção do maquinário especializado, e descerebração administrativa.
Essa orientação ideológica municipal, diferente do direcionamento estatizante, pregado pelo petismo, segue o exemplo capitalista das grandes privatizações feitas pelos governos federal e estaduais, ao longo dos anos.
Desta forma a administração municipal se exonera de pagar salários aos trabalhadores da empresa, deixando também de solicitar/prestar auxílio financeiro quando possível e necessário.
Esse “menos estado” na vida do citadino carece de bastante tempo para a assimilação. Um fato importante é a apuração da justeza empregada nos preços cobrados pelos serviços de água e esgoto. Como saber se os valores cobrados não são abusivos?
No entendimento da administração atual a autarquia deixaria de ser um tremendo “cabide” de empregos em que os cargos serviriam somente para agasalhar os correligionários do chefe do executivo na berlinda.
Segundo essa opinião, a produtividade seria o norteador da gestão da empresa agora particular.
Num momento da política mundial, especialmente na América Latina, em que alguns ditadores da esquerda buscam manter o poder mesmo à custa de muito abuso, crueldade e sofrimento intenso da população, a entrega à iniciativa particular das várias atividades, antes administradas pelo poder público, não deixaria de ser bem salutar.