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O Prato do Dia

O Prato do Dia

Abril 10, 2019

Fernando Zocca

 

 

 

Bandeira norte-americana.png

 

Não pode ser possível que todas as pessoas que deixam seus países em crise e se dirigem, nestes tempos difíceis, aos Estados Unidos sejam assassinos, estupradores ou traficantes de drogas.

É claro que dentre as multidões que buscam melhores condições de vida nos Estados Unidos pode haver alguns criminosos.

Entretanto é necessário que, para a classificação de alguém como fora da lei, haja o cometimento de crimes no território norte-americano, com apuração responsável, provas concretas da existência da autoria e da materialidade.

Não haveria bom senso em generalizar categorizando todo mundo como infrator da lei.

Seria até mais barato do que construir um muro imenso, a elaboração de triagens e a destinação dessas pessoas aos locais previamente escolhidos, onde desempenhariam funções garantidoras dos seus próprios sustentos.

É claro que seria bem mais barato deixar que o judiciário se ocupasse das ocorrências feridoras da lei do que empregar bilhões de dólares numa construção faraônica.

Um dos princípios fundamentais do direito nos diz que todos são inocentes até prova cabal em contrário. Em casos de ilicitude é o Estado que deve provar ser o cidadão um criminoso.

Mas não é o que atualmente acontece com as pessoas que buscam nos Estados Unidos vidas mais dignas. Parece que antes mesmo de qualquer fato são elas todas classificadas como foras da lei.  

Juízo e bom senso não fazem mal a ninguém. Ainda é tempo de revisão das políticas que mais oneram os cofres do Estado do que propriamente resolvam os seus problemas.     

 

Julho 06, 2018

Fernando Zocca

 

 

Acabou a festa. Fim de linha pra seleção badalada, elogiada, paparicada, bem paga e teoricamente hexacampeã do mundo.

Os comentaristas diziam que a Bélgica tinha um dos melhores ataques deste campeonato, mas que sua defesa, não era assim aquelas coisas. Entretanto o que vimos Já no início do jogo foi um ataque fortíssimo dos adversários tendo Fernandinho, o número 17, feito um gol contra.

Eh, Fernandinho hein?

A Bélgica continuou atacando e logo em seguida fez o seu segundo gol. As esperanças do povo brasileiro esvaíram-se num “a” prolongado que se espalhou pelos bairros todos.  

As expectativas criadas antes do jogo foram tantas, que a frustração diante da derrota, não poderia ser menor.

As verbas investidas na publicidade certamente não contavam com esse fator contrário. A Bélgica jogou melhor. Todo aquele blábláblá antecipado foi coroado com o sentido inegável de vergonha, de fracasso, de desilusão.

Pode uma coisa dessas, amigo?

No ranking desta copa da Rússia, 2018, o Brasil ficou numa posição bem inferior a daquela em que terminou a copa de 2014.

O investimento financeiro, moral, o tempo empregado na preparação da esperada festa do hexa, a atenção dada pelos veículos de comunicação social, e a crença na vitória, esvaneceram-se, evaporaram, como o líquido do sorvete derretido pelo calor.

Tchau Rússia.

Teve gente que chegou à terra de Leon Tolstoi (09 de setembro de 1828-20 de novembro de 1910), autor de Guerra e Paz, bem alegrinha e voltará cabisbaixa. Não foi nesta ocasião. Mais outra vez a seleção do Brasil não consolida a esperança do brasileiro na conquista do campeonato mundial.  

Tudo ficou no blábláblá. E como disse o Neymar: “Falar até papagaio fala...” Na verdade o camisa 10 do Brasil queria dizer que não bastava falar muito. Tinha de fazer. Mas não foi o que aconteceu. O mais famoso cai-cai do mundo não conseguiu, a exemplo de Cristiano Ronaldo e Messi, concretizar a esperança dos seus povos com a conquista do título de campeão mundial de futebol.

Muita “mascara”, prepotência, ostentações não resultam mais em satisfação do que em choro e ranger de dentes.

Se torcida extra-campo valesse o Brasil seria hexa. Mas quem resolve a partida são os craques pagos a peso de ouro que, lá no gramado, precisam demonstrar o quanto valem realmente, justificando o que dizem deles os entendidos.

Pobres ricos jogadores do Brasil.

Julho 07, 2016

Fernando Zocca

 

 

 

 

No dia 26 de julho de 1930, sábado, às 17:20, na confeitaria Glória situada à Rua Nova, em Recife, João Dantas, sob a alegação de que vinha sendo difamado, mata a tiros João Pessoa.

 

 

 

Júlio Prestes 1930 o Estradeiro que ganhou mas n

 

Estes momentos de tensão política, e a crise dos dias atuais, nos fazem recordar tempos semelhantes já vividos em nosso país.

De 1889 até outubro de 1930 os esquemas políticos que propiciavam a ocupação dos cargos eletivos da república eram as fraudes cometidas por todos os que participavam das eleições.

Durante esse período alternavam-se no poder as forças políticas mineiras e paulistas. Era a chamada política do café-com-leite e vigeu durante essa fase denominada República Velha até o golpe militar de 1930.

Quebrando o acordo existente entre as lideranças políticas, o paulista Washington Luis, presidente da República, no fim do seu mandato, em vez de indicar o mineiro Antônio Carlos Ribeiro de Andrada como seu sucessor, indica outro paulista o então governador do Estado de S. Paulo Júlio Prestes (foto).

Para concorrer às eleições de 1º de março de 1930 lançaram candidatura Getúlio Vargas, pelo Rio Grande do Sul, que tinha como vice o então governador da Paraíba João Pessoa; Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, que concorria por Minas Gerais e Júlio Prestes por São Paulo.

É claro que, com a tal máquina administrativa sob comando do seu aliado, Júlio Prestes apelidado de paulista de Macaé, O Estradeiro e Doutor Barbado, é eleito.

Entretanto antes do término do mandato de Washington Luis e a posse de Prestes, exatamente no dia 26 de julho de 1930, sábado, às 17:20, na confeitaria Glória situada à Rua Nova, em Recife, João Dantas, sob a alegação de que vinha sendo difamado, mata a tiros João Pessoa.

Este fato e também diante das evidências de fraude, Getúlio Vargas a 3 de outubro de 1930, liderando tropas do Rio Grande de Sul e aliados, interrompem o final do governo de Washington Luis e impedem a posse de Júlio Prestes.

Getúlio ocupa o palácio do Catete em 3 de novembro de 1930 e só sai em 1945.

Durante esse tempo, há a elaboração da Constituição de 1937, a consolidação dos direitos trabalhistas (CLT) de 1943 e outros benefícios às classes populares.

Em 1964 a situação política era também de extrema desordem e preocupação. A conjuntura internacional, entretanto foi preponderante no golpe militar de 31 de março.

Se durante a década dos anos de 1960 o mundo vivia a chamada “guerra fria” isto é, uma disputa ferrenha entre os Estados Unidos e a União Soviética pela predominância das suas formas de produção, hoje não há exatamente isso.

Hoje em dia se existem os golpes, “as puxadas de tapete”, eles o são mais sutis, suaves, menos violentos.

Embora não havendo motivos legais, nas disputas intempestivas pelo poder, criam-se situações capazes de motivar pedidos de impeachment contra a presidência da república.

A república brasileira precisa de reformas urgentes. Dentre as que carecem acontecer referem-se à reeleição de prefeitos e vereadores.

De fato: é inconcebível que um cidadão permaneça mais de 20 anos num cargo legislativo sem deixar de fazer acreditar que mais ninguém teria a capacidade para desenvolver os trabalhos, apresentar as soluções dos problemas administrativos e políticos da cidade além dele.

Outra questão que merece a atenção do legislador constitucional refere-se à obrigatoriedade do voto.

Votar deve ser um direito e não obrigação. O direito, você sabe, pode ou não ser exercido; é diferente da obrigação que, quando não cumprida, conduz a uma sanção, apenamento.

 

Junho 14, 2016

Fernando Zocca

 

 

A gente percebe a política em tudo; na medicina, por exemplo, quando numa unidade de urgência, é necessário escolher quem viverá ou morrerá; no futebol quando diante duma dúvida, se foi ou não gol válido, ou na administração pública, se houve ou não crime.

Em todos esses casos a escolha de uma das alternativas exclui a outra. A decisão tem maior relevância quando implica em consequências para uma, algumas, ou milhões de pessoas.

As decisões, nos três exemplos, tanto por uma opção, quanto por outra, ensejam críticas e elogios, aprovações e reprovações, aplausos e vaias.

Na escolha médica entre o jovem e o idoso, geralmente decide-se pelo jovem; entre a parturiente e o nascituro, o nascituro.

No futebol, entre um gol válido ou não, pela validade do tento. Na administração pública ou no direito penal, se o réu é culpado ou inocente, pela inocência.

Tudo isso faz parte das escolhas políticas nas decisões médicas, esportivas, administrativas e judiciais e não indicam que as prioridades sejam sempre consideradas nessas respectivas ordens.

Os motivadores – as intenções - entretanto, componentes e embasadoras das tais decisões, é que precisam também ser levados em conta.

No caso da escolha médica, a miríade de fatos relevantes pode fazer as ações tenderem para a escolha não usual, por exemplo.

Da mesma forma, durante uma partida de futebol, se a validação dum gol notoriamente inválido, coloca em vantagem o time pelo qual simpatiza o árbitro decisor, não haveria como contestá-lo dentro do campo.

Na administração pública ou no processo judicial, embora com todas as evidências de que o réu não cometeu o tal delito imputado na denúncia, mesmo com a certeza de que as práticas exercidas por ele eram usuais, não estando elas no rol das proibidas, mesmo assim, sua condenação não deixaria de se realizar.

Essas escolhas não significam, entretanto, que sejam justas.

Da mesma forma não eram justas as situações sociais – de um lado a miséria extrema e do outro a opulência ostensiva, extravagante - surgida a partir da Revolução Industrial, por volta de 1750.

Foi a encíclica Rerum Novarum publicada pelo Papa Leão XIII a 15 de maio de 1891 que a princípio buscou equilibrar os graves desníveis de riqueza quando aconselhava aos ricos que tudo o que lhes fosse, por exemplo, supérfluo, servisse às necessidades dos mais pobres.

Queremos crer, que não teria sido outro que o sentimento cristão, o motivador principal do presidente Obama quando, depois de cinco décadas, decidiu pelo reatamento das relações diplomáticas com Cuba.

Da mesma forma entendemos os motores da política da presidenta Dilma ao propiciar a construção de um porto marítimo naquele país.

Não podemos conceber como estando fora dos ditames da referida encíclica a política social (Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Escola, Mais Médicos, Isenções Fiscais às Indústrias) adotada pelo PT.

Sem o povo, a aquiescência popular, não se governa. Não haveria paz, que é fruto da justiça.

Quando sabemos que a verdadeira motivação do pedido de impeachment da presidenta Dilma não foi o cometimento de crime algum, mas um ato de vingança; quando sabemos que a interrupção do curso do mandato popular é ocasionada por motivos alheios às condutas do seu titular; quando sabemos que o presidente em exercício não pode deliberar ou decidir de outras formas que não sejam as mesmas escolhidas pelo eleito pelo voto popular; ao escolhermos pela sua deposição, contribuiremos para a instalação da desordem generalizada, o descrédito total e a ingovernabilidade do país.

Que se possibilite a volta ao cargo do seu legítimo detentor, que se lhe permita a chegada ao termo final do mandato com segurança e plenitude, quando então em 2018, possa o povo, em paz, escolher quem melhor governe.

Abril 28, 2016

Fernando Zocca

 

Senadores do PT estão sendo iludidos na votação dos requerimentos feitos na comissão especial do impeachment. No requerimento 23 da senadora Gleisi Hoffmann quando o presidente o coloca em votação dizendo que “os que o aprovam permaneçam como se encontram” e permanecendo a maioria sentada, a conclusão seria de que o requerimento foi aprovado. No entanto, o presidente da comissão, ouvindo uma assessora, declarou-o rejeitado.

Esse fato ocorreu com dois ou três requerimentos da bancada petista.

O pedido de impeachment é formulado por integrantes do PSDB, a comissão especial que julga o trâmite do processo é composta por integrantes também do PSDB.

Não se atentou para a incidência da suspeição que é a figura jurídica que impede o juiz de julgar uma causa por ter interesse no seu desfecho.

As fontes do direito são a lei, a doutrina, a jurisprudência e quando não previsível o fato em questão aplica-se a analogia.

Em não havendo disposição legal sobre a suspeição dos componentes das comissões especiais deve-se aplicar as normas norteadoras da suspeição aos juízes componentes do poder judiciário.

Dezembro 10, 2015

Fernando Zocca

 

guerra do vietnã.jpg

 

Existe coisa mais hilária do que um jogo de vôlei entre gazelas? E haveria algo mais triste do que a atuação nociva de alguns políticos no desenvolvimento do Brasil?

O cidadão esfalfava-se para pagar os impostos que deveriam ser usados na melhoria de vida da população e, no entanto o que a gente vê é o enriquecimento de alguns poucos espertos.

Em 1975 a maior potência mundial - os Estados Unidos - sofreu a sua maior e vergonhosa derrota militar ao ser expulso do Vietnam.

E não foram os feitos militares dos comunistas os maiores fatores determinantes da vitória.

Os vietnamitas do norte usaram a comunicação social - imprensa - para, divulgando nos Estados Unidos, as imagens dos horrores da guerra, mobilizar a opinião pública contra a atuação do seu governo, ali naquela parte conflituosa do mundo.

Recentemente o presidente Obama disse que não enviaria tropas para combater o Estado Islâmico porque era isso mesmo o que eles - os terroristas - desejavam.

Obama e seus comandados perceberam que a estratégia usada no Vietnam poderia repetir-se nesse novo confronto. Não podendo impedir, por causa da constituição federal, a livre expressão do pensamento, impondo restrições à imprensa, o melhor mesmo seria a evitação do envio de tropas terrestres.

Então, por isso tudo, conclui-se que a comunicação social também tem um peso enorme, tanto no desenvolvimento, quanto no atraso de uma cultura, de um povo, de uma nação.

Agora, se esse conglomerado de veículos de imprensa encontra-se em simbiose a serviço dos políticos responsáveis pelos descaminhos do Brasil, então são todos cúmplices nos desmandos subdesenvolvimentistas.

O que a gente tem notado muito, mas muito mesmo, é a significativa deterioração das entidades destinadas à garantia dos direitos constitucionais do povo.

Então você percebe a tremenda confusão - principalmente no Estado de São Paulo - do sistema de ensino público.

Notável também são os absurdos acontecidos com a segurança, o saneamento básico, o fornecimento de água e energia elétrica.

Todos esses direitos, obrigações, instituições e serviços são feitos por pessoas, cujos caracteres e moral possibilitam, dentre outros fatores, a formação e manutenção das famílias.

Ora, se a comunicação social pode decidir sobre a sorte de uma guerra, não pode também mudar os conceitos de família, sua preservação e agregação social?

A gente tem visto e, há muito tempo já, que as novelas influem de forma preponderante no comportamento das pessoas. E pelo andar da carruagem, essa influência não é bem no sentido da formação e manutenção familiar.

A desculpa de que a ficção retrata a realidade - a vida imita a arte ou a arte imita a vida - não deixaria de compor um ciclo vicioso em que a exposição da vivência deteriorada geraria mais e mais desconstrução.

Essa desestruturação dos costumes, conceitos de honestidade, desonestidade, contida nas pessoas que decidem sobre a sorte do Brasil, contribui significativamente para a geração desse caráter do "dinheiro pouco, meu cofrinho primeiro".

Isso é inegável. Os fatos recentes sobre a corrupção no Brasil estão aí para todo o mundo ver.

 

Colabore com a manutenção do Blog doando para a conta 0014675-0 Agência 3008. Caixa Econômica Federal.

Outubro 08, 2015

Fernando Zocca

Eduardo Cunha.jpg

 

Se o fariseu Eduardo Cunha (foto) fosse tripulante da caravela de Pedro Alvares Cabral, certamente teria iniciado um motim que frustrasse a viagem culminante com a descoberta do Brasil.
Seria uma atitude de autoafirmação depois de talvez, ter sofrido algumas repreensões do comandante da nau.
Esse tipo de personalidade é mais adequado aos pilotos japoneses suicidas que, estando em missão de ataque em alto mar,de repente se vissem sem munição, combustível e paraquedas.
E dai? Fazer o quê se não arremessar-se contra os navios considerados inimigos?
Os fatores circunstanciais dessas atitudes tresloucadas na preparação desta “pauta-bomba”, foram o mensalão, o petrolão e as contas do deputado na Suíça.
Com um telhado de vidro desses somente um kamicase teria coragem pra fazer o que ele fez.
Imagina que a maldade do sujeito se assemelha ao do filho ingrato que, pra comprometer os pais, repassa segredos aos adversários deles, ou os compromete com despesas impagáveis.
Veja que o mau caratismo do sujeito é tamanho que lhe dá coragem de negar a existência de um fato delituoso apontado pelo ministério público suíço.
Tenha dó, seu Dudu.
Disfarça, e busca urgentemente um jeito de repatriar aqueles dois milhões de dólares da sua continha européia.
Um mínimo de vergonha na face haveria de ter o deputado se se dispusesse a discutir em plenário os documentos vindos da Europa.
Quem cala consente.
Se o legislador nega-se a justificar a origem daquela grana toda, os fatos demonstrados pelas autoridades suíças, serão tidos como verdadeiros e por isso, capazes de o levar às barras das leis.
Hipocrisia tem limite. Ainda mais quando causa danos a milhões de pessoas em favor única e exclusivamente daquele que pratica os crimes.
Chega seu Dudu.
Devolve a grana, pega seu bonezinho, disfarça, diz que vai pescar e se manda, malandro.

Setembro 07, 2015

Fernando Zocca

 

 

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Neste 7 de setembro o Brasil comemora o 193º ano da Independência de Portugal.

Sim, o Brasil antes desta data, era uma colônia portuguesa, administrada por Dom João VI e sua corte.

Pra quem não sabe, Dom João VI veio ao solo brasileiro, em 1808, acompanhado por uma imensa comitiva - 7.000 pessoas - transportada em 15 caravelas, quando Napoleão Bonaparte ameaçava invadir Portugal.

A família imperial ficou no Brasil 14 anos. Ao voltar para a Europa, Dom João VI deixou aqui o seu filho Pedro, e algumas melhorias como o Banco do Brasil, a Biblioteca Nacional e centenas de propriedades particulares.

Durante a estadia de Pedro, o pai pressionava-o a voltar para Portugal levando o dinheiro das propriedades que ele - Dom João VI - havia empregado aqui.

No conflito Pedro resolve ficar no Brasil e exatamente no dia 7 de setembro de 1822, às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, quando recebia a intimação do pai que o mandava voltar, jogando longe as insígnias representativas da casa imperial portuguesa, declarou com a frase "Independência ou morte", que o Brasil seria independente, teria governo próprio.

Pouco tempo depois Pedro, já proclamado imperador do Brasil, voltou para Portugal; seu irmão Miguel ameaçava usurpar o trono de D. João VI. 

Ao viajar Pedro I, deixou no seu lugar o filho, então com cinco anos de idade, e que viria a ser coroado Pedro II.

De 1822 até 1889 quando houve a destituição do monarquismo e a instalação da República, forma de governo que conhecemos, transcorreram 67 anos. 

Durante este período houve um acontecimento bastante significativo para o povo brasileiro, e que segundo alguns historiadores, apressou a substituição da monarquia pela república: foi a promulgação da lei áurea que punha fim ao sistema escravagista no Brasil. 

De 1889 até 1930 vivemos um período conhecido como República Velha. Era característica desse tempo a politica "café-com-leite" em que políticos mineiros e paulistas revesavam na presidência.

Essa forma teria prosseguido indefinidamente se não fosse pela revolução de 1930, quando Getúlio Vargas, alegando fraudes eleitorais, impediu a posse do candidato paulista Júlio Prestes.

São Paulo revidaria com a Revolução de 1932. Com ela o povo brasileiro ganhou, em 1937, uma nova constituição. 

Bom, pra não ir muito longe, hoje, dia de festa para a nação, vivemos momentos políticos delicadíssimos, que podem significar a chance para a demonstração da maturidade e da inteligência dos dirigentes, da imprensa, das instituições e do povo, na solução dos tais problemas, sem o uso da força. 

Feliz aniversário, Brasil !!!!

 

Na imagem acima você vê o quadro Independência ou morte, pintado em 1888, por Pedro Américo.

 

 

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