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O Prato do Dia

O Prato do Dia

Fevereiro 14, 2017

Fernando Zocca

 

 

Os fatos estampados diariamente na mídia nos revelam que vários candidatos, para conseguirem chegar aos principais cargos eletivos, comprometem as reservas monetárias do estado.

As notícias nos informam também que, em muitos casos, para manterem-se no poder, eles destroem grande parte do que dependeria das suas boas ações para a promoção do progresso e desenvolvimento.

E não é incomum então, nestes estados de injustiça e opressão, certa pedagogia que incentiva o cerceamento de toda e qualquer liberdade.

Isso é muito fácil de perceber quando, dentre outras coisas, você observa reiteradamente a restrição dos impulsos de brincar e correr das crianças.

Fez parte do rol dos meios de controle dos infantes, há algum tempo atrás, a agressão física. As palmadas, os “coros”, os puxões de orelha, os beliscões e até socos a cabeça.

Além destas formas físicas da contenção dos impulsos infantis de brincar alegremente, havia, embora com menos intensidade, a utilização do medo.

Então, quando a mamãe, percebendo o fluxo intenso de carros na via, desejava que suas filhas deixassem de correr pela calçada, ela ao invés de socar as meninas, usava a expressão:

- Parem que isso é loucura.

Ou seja, a instigação do medo da insanidade, observada possivelmente num parente ou pessoa próxima, poderia cercear os impulsos infantis alegres.

É o velho sistema do bicho-papão, do ogro. O temor servia pra frenar as ações consideradas impróprias e julgadas perigosas pela mãe.

Nesta fórmula muitas senhoras antigas usavam a fala em que as autoridades policiais apareciam como entidades terríveis capazes de provocar dissabores intensíssimos nas crianças folionas.

Então a frase:

- Chega de bagunça. Olha lá... Vem vindo o guarda que vai prender vocês.

Não precisa ter muito discernimento para concluir que estaria aí, em muitos adultos, a fonte das prováveis rejeições preconceituosas contra as pessoas que exercem as funções de policiais.

Esse tipo de atitude, como já dito, é bem próprio da sociedade onde o regime da força, opressão, começa lá na ponta superior.

Os ditadores governam com decretos, prisões, fuzis, bombas, mísseis, armas nucleares e não raro, para manterem-se, a si e aos seus considerados no poder, destroem cidades inteiras, não se importando que a metade da população fuja aterrorizada para outros países vizinhos.

Tanto no caso dos políticos que zeram os cofres públicos para se elegerem quanto os que usam da destruição, pelas armas, de grande parte do seu país, vivenciarão ambos certa dificuldade para o exercício posterior do poder.

Os primeiros não terão com o que pagar os seus funcionários e fornecedores; os segundos governarão poucas pessoas que conseguirem sobreviver entre as muitas ruínas a que deram causa.  

 

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