Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Prato do Dia

O Prato do Dia

Julho 04, 2016

Fernando Zocca

 

 

 

Nas instituições religiosas e filantrópicas o objetivo principal é a vivência dos Evangelhos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em sendo as entidades formadas por pessoas diferentes, o rol das reações de cada uma delas varia também conforme a educação e as experiências na vida.

Ora se viver o Evangelho é ser igual a Jesus, agir como ele agia, sentir o que ele sentia, então quando alguém, diante de uma situação de estresse, reaciona de forma agressiva, conclui-se que não está preparado para a convivência com o grupo e que este também foi incapaz de transmitir-lhe os ensinamentos do mestre.

De fato, não podemos usar as regras do basquete, quando jogamos vôlei. Da mesma forma que nos treinamentos policiais e militares, a compaixão, a benevolência e a complacência podem ser danosas, ou até fatais para os envolvidos, nas questões religiosas as reações hostis, agressivas, estariam fora de lugar podendo inclusive comprometer a coesão do grupo.

Se no exército ou polícia o componente deve demonstrar bravura, macheza, sob pena de estar fora dos padrões, nas agremiações filantrópicas, a conversa, os diálogos e a mansidão é  que devem imperar.

E se o cidadão tem dificuldade para ouvir ele não está no lugar apropriado. O macho, numa reunião religiosa, ou filantrópica, estaria tão deslocado como o peixe fora d´água. Na prática religiosa a pessoa precisa, antes de tudo ser homem. Macho não.

Homem foi Jesus que deu a sua própria vida para que se salvassem os que nele cressem.

O estágio educacional em que se encontram as pessoas, afetas mais às reações emotivas do que racionais, é indicador de que não estariam ainda tão preparadas para o ministério filantrópico.

Na polícia e corporações militarem objetiva-se coibir a prática criminosa antes com o uso da força do que com os ensinamentos cristãos.

Já nas agremiações menos truculentas o ideal seria a prevalência dos sentimentos Crísticos onde a caridade, a compaixão e os bons entendimentos, pudessem destacar-se sobremaneira.

Se no exército, na polícia, ou mesmo em qualquer outra atividade da vida civil, os xingamentos, as faltas de respeito com os mais velhos e a exteriorização de preconceitos ensejariam repressões violentas, nas entidades assistenciais essas atitudes indicariam que o tal vivente do purgatório teria mais propensão a ir diretamente ao inferno do que ascender ao céu.

Na sala de aulas o aluno precisa ter uma bagagem de conhecimentos mínimos para que não considere os assuntos ali tratados como esquisitos e que não teriam “nada a ver”.

Se, na escola, o aluno não acompanha os ensinamentos, não é o mestre ou a pedagogia que precisam mudar. É o aluno que, carente, desde o princípio, não consegue compreender o considerado irrelevante e desnecessário, que deve mudar, aprimorar-se, evangelizar-se, socializar-se.

A pressa, a grosseria, a falta de concentração, a impaciência e a limitação do vocabulário são componentes evidentes daquelas personalidades que mais atrapalham do que ajudam no transcurso das reuniões.

De pouca utilidade teria o comportamento do membro diretor da entidade se trouxesse da sala de aulas do seu colégio, para os encontros onde se cuida da filantropia, as regras que aplica para as crianças.

Se o professor, entre os alunos, precisa impedir as conversas paralelas, simultâneas, sob pena de não poder ministrar seus ensinamentos, nas reuniões cujas finalidades são filantrópicas, a conversa, a troca simultânea das ideias, faz parte indispensável do entendimento dos assuntos ali tratados.

E se o meu mui digno leitor imagina que esse tipo de atividade isenta-se da influência dos vereadores, prefeito, deputado federal, estadual e presidente de partido muito se engana.

Pois há muitos que creem ser a longevidade de certos políticos nas suas cadeiras públicas mais devida a esse tipo de tráfico de influência do que praticamente da utilidade dos projetos por eles apresentados.

De que vale para o cidadão pagador de impostos o vereador que não conseguiu durante os quatro anos em que vivenciou o legislativo participar de um único debate, apresentar moções de aplausos, repúdio ou outra coisa qualquer que não fosse a publicação de foto sua na internet ou jornais ao lado dos buracos nas ruas e avenidas?

Vou avisando que não sou candidato a vereador e que pretendo não votar em ninguém nestas eleições.

 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub